segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Marilia Magalhães

Simpatizante das terapias não convencionais procurou em Guti Fraga (Historiadora, Artista Plástica, Terapêuta Holistica), conhecimentos pesquisados por ela e suas práticas holisticas de qualificação existencial.

Marília criou um metodo de focalizar a saúde emocional dos idosos baseados em técnicas ancestrais de potencialização de saúde.

Essas praticas estão sendo desenvolvidas para serem utilizadas cotidianamente no sistema tradicional de cuidadores onde conclui a seis anos sua qualificação.

O método Constitui - se em:

* Exercícios de respiração,
*Reflexologia,
*Introdução á Arte terapia.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Espaço Care

CUIDAR, UM ATO DE AMOR!
 A formação do Espaço Care, ocorreu a partir das vivências de seus idealizadores no processo de “cuidar” ,de modo dedicado, atencioso e carinhoso, seus familiares idosos, minimizando seus sofrimentos.
Diante dos acontecimentos motivaram-se a “cuidar”, com o mesmo afinco, de outros idosos, ajudando-os a a passar por essa fase com qualidade de vida.
Este espaço foi criado visando o bem comum. Tendo como diferencial, a idéia de que o tempo é um ponto na palma da mão da vida, sendo assim,  por mais tempo que tenhamos vivido, temos o direito de viver todos os dias de nossas vidas com amor, com felicidade e consequentemente com saúde.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Idosos :

O envelhecimento faz parte de nossa vida! É um processo natural que se inicia no momento em que nascemos. Não é questão a ser aceita ou tese da qual se possa discordar. A gente envelhece e ponto. Não há, porém, limites estabelecidos para o término de nossa caminhada neste mundo. Temos é que manter sempre acesa a chama do entusiasmo, pois a vida tem encantos para aqueles que gostam dela.




Em nossa sociedade, porém, envelhecer é passar da atividade para a passividade. Isso significa deixar de fazer para que façam pela gente, deixar de ser cidadã/ão, deixar de ser família, etc. Assim limitadas e isoladas, as pessoas perdem a razão de viver. É como se as pessoas idosas não tivessem valor, habilidades, direito à opinião própria, etc. Algumas expressões que se ouvem em nossa sociedade, e até em nossas famílias, em relação às pessoas idosas mostram essa mentalidade: "lugar de velho é em casa", "está ficando igual a criança, quer participar de tudo", "velho não tem mais nada para aprender".



Na Bíblia, também podemos perceber que a atitude frente às pessoas idosas nem sempre foi tão pacífica ou tão tranqüila como, às vezes, ouvimos e afirmamos. Podemos perceber na leitura da Bíblia que as pessoas idosas não têm uma vida sem problemas, sem dificuldades. Mas a exortação quanto ao respeito, à valorização da sabedoria dos mais velhos sempre aparece. O Salmista, por exemplo, compara as pessoas que andam com Deus como árvores viçosas cheias de vigor e de frutos mesmo na velhice (Sl 92.13-15). A Bíblia nos mostra um horizonte diferente daquele que percebemos na nossa sociedade.

"Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda quando tiverdes cabelos brancos, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei."

(Is 46.4)



A família, a comunidade e a sociedade precisam dignificar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua liberdade, autonomia, bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. No contexto social temos várias formas agradáveis de viver esta fase da vida, participando de grupo de idosos, de dança, artesanato, realizando viagens, fazendo caminhadas, mantendo-se atualizado, freqüentando cursos e, desta forma, preenchendo significativamente o nosso envelhecer.



E você, que se considera nessa fase da vida, não pense no número de anos que já viveu. Pense, isto sim, em como desfrutar com muita coragem, perseverança e fé os anos que tem pela frente, dedicando-se a algo que lhe interesse e orgulhando-se de sua idade, por mais avançada que seja. Tudo isso manterá seu espírito alegre e juvenil. Enfrente, pois, o entardecer da vida com responsabilidade, alegria e muito amor. Esse entardecer não acaba em uma noite fechada, mas em um amanhecer cheio de esperança.



Vamos olhar para a pessoa idosa como ser humano integral, valioso e amado por Deus e por nós. Não podemos considerar apenas sua força física, mental e sua saúde. É preciso respeitar a personalidade formada, a riqueza da experiência acumulada. As pessoas idosas podem trazer de volta muitos valores perdidos pela sociedade de consumo e pela violência.



Que Deus nos lembre do valor e da transitoriedade de nossa vida. Que nunca haja um tarde demais para amar, perdoar e servir. Amém.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O envelhecimento populacional e o papel da sociedade

Sabe-se que o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que vem adquirindo características peculiares no Brasil, dada a velocidade com que vem se instalando. É interessante que sempre tivemos o conceito de que éramos um país jovem e que o problema do envelhecimento era assunto dos países desenvolvidos considerados de primeiro mundo. Entretanto, os dados vêm nos mostrar que não é essa a realidade que se instalou e continua se instalando no país.


Segundo os padrões estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil, hoje, já pode ser considerado um país estruturalmente envelhecido. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirma que, em 2030 o Brasil terá a sexta população mundial de idosos em números absolutos. No Brasil, segundo o IBGE, havia cerca de sete milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos em 1980 e estima-se para o ano 2025 que essa população atingirá, aproximadamente, 34 milhões de idosos no Brasil.

Sabe-se que essa transição demográfica está sendo acompanhada por uma transição epidemiológica, com uma mudança no perfil de morbi-mortalidade da população, sendo as doenças infecto-contagiosas substituídas pelas doenças crônico-degenerativas. O grande problema dessas doenças é que além de crônicas geram incapacidades e dependência, fatores que são considerados como as maiores adversidades da saúde associadas ao envelhecimento.

Daí então a importância de se oferecer aos idosos, alternativas que atendam às diferentes condições biológicas, psicológicas e sociais dos mesmos, valorizando a promoção da saúde e a prevenção das incapacidades que essas doenças podem acarretar nas pessoas. É, portanto, necessário que os profissionais de saúde e familiares se mantenham atentos a quaisquer alterações nos idosos e intervenham, prontamente e de forma adequada visando uma melhor adaptação do indivíduo ao processo de envelhecimento, além disso, devem avaliar periodicamente os idosos, buscando detectar os fatores de risco decorrentes de alterações que comprometem o estado de saúde do mesmo.

“O principal objetivo das medidas preventivas na terceira idade não é reduzir as taxas de mortalidade, mas melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos, de modo que eles tenham suas atividades menos afetadas por doenças crônicas e degenerativas”.

Os idosos têm a necessidade e o direito de sentir-se bem e importante no meio em que vivem. É fundamental que as pessoas não percam o interesse pelas alegrias da vida.

É necessário sensibilizar todos os seguimentos da sociedade, principalmente os familiares e profissionais de saúde que estão em contato direto com esta população, para a responsabilidade de favorecer a autonomia dos idosos, no limite máximo de suas possibilidades, independente do grau de dificuldades particulares que possam apresentar. É uma idéia errônea a de que as transformações anatômicas e fisiológicas que ocorrem com as pessoas da terceira idade são doença.

A velhice nunca deve ser confundida com doença, a saúde e o bem-estar do idoso estão relacionados intimamente a autonomia e independência que o mesmo possui, devemos, pois ressaltar que estas transformações necessitam de um cuidado que envolva os aspectos bio-psico-sociais e não apenas o físico do idoso para se evitar que as doenças se instalem.

Nesta perspectiva, e frente à problemática emergencial, principalmente quando nos deparamos com uma sociedade que tem demonstrado o não preparo para lidar com o idoso e, ainda extrema indiferença no convívio com esse, devemos desenvolver o nosso papel de impulsionadores da mudança comportamental e atitudinal da sociedade em geral com o idoso.

Marília Magalhães - Sócia idealizadora

A Sensibilização para o Ato de "Cuidar"

O ESPAÇO CARE, fundamenta-se na vivência de seus idealizadores, decorrido do convívio com familiares queridos, que adoeceram e passaram a depender física, psicológica e emocionalmente, e que após certo tempo de convívio intenso e dedicado, se despediram, dirigindo-se à pátria espiritual, mas que os oportunizaram lições e aprendizagens que desejam determinadamente compartilharem e colocar em prática.

Quando adquirimos a sensibilidade de nos tornarmos capazes de vivenciarmos essas experiências e delas tirarmos reflexões, na busca da superação das dificuldades inerentes as situações vivenciadas, muitas vezes somos encorajados e estimulados a desenvolver projetos e ações de acolhimento, que visam oferecer recursos de atendimento àqueles que venham a passar por experiências semelhantes, mas que possam agora - em decorrência destas ações de acolhimento, vivenciá-las de modo menos penoso e com isso, minimizar sofrimentos e dissabores.

Esta percepção permite tornar estas vivências cada vez mais plenas e saudáveis, para si e seus idosos em necessidades especiais, tornando-se familiares-cuidadores, constituindo-se para estes oportunidades de aprendizagem e, sobretudo, do exercício pleno do amor aos seus queridos familiares que passam por privações físico-psico-espiritual e podê-los com isso auxiliá-los na passagem destas experiências com altivez e alegria.

Para isso as ações do ESPAÇO CARE visam estimular outros profissionais, cuidadores e familiares, no intuito de buscarem uma maior compreensão e capacitação sobre o processo de envelhecimento e de suas peculiaridades de forma a direcionarem esforços na construção de um futuro digno e humano aos idosos em atendimento.

Eber Waner - Sócio idealizador

Os benefícios do cuidado ao Idoso em seu domicílio

Nos últimos anos, em conseqüência de diversos fatores, como a melhoria das condições sanitárias e de acesso a bens e serviços, as pessoas têm vivido mais tempo. Os avanços na área da saúde têm possibilitado que cada vez mais pessoas consigam viver por um período mais prolongado, mesmo possuindo algum tipo de incapacidade.

Diante da situação atual de envelhecimento demográfico, aumento da expectativa de vida e o crescimento da violência, algumas demandas são colocadas para a família, sociedade e poder público, no sentido de proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas que possuem alguma incapacidade. Desta forma, a presença do cuidador nos lares tem sido mais freqüente, havendo a necessidade de orientá-los para o cuidado. Cabe ressaltar que o cuidado no domicílio proporciona o convívio familiar, diminui o tempo de internação hospitalar e, dessa forma, reduz as complicações decorrentes de longas internações hospitalares.

Texto retirado do “ Guia Prático do Cuidador”